quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

SANTOS E IDOLOS

Nas lojas de artigos para presentes encontra-se imagens de santos católicos junto a imagens de deuses hindus e budas de todos os tipos. São as famosas imagens de resina, que servem mais como bibelôs ou objetos de decoração. Parecem bonecos e bonecas, com faces delicadas e rosadas. Em nada convidam para a veneração ou indicam que são apropriadas a um culto religioso. Como estão distantes daqueles homens e mulheres fortes e destemidos, que fervorosamente serviram a Deus, durante o tempo em que estiveram na Terra. Certamente nenhum destes santos cristãos se identificariam com as imagens que os representam delicados como bonequinhos.
Mas afinal qual a diferença entre um santo e um ídolo? Para os comerciantes de artigos decorativos e até de objetos religiosos nenhuma. Se houvesse  esta diferença não colocariam  e nem venderiam uma imagem de Santa Barbara junto a outra de Iemanjá. Os santos tem imagens. Os ídolos também. As pessoas rezam para os santos. Se pede aos ídolos também. Os santos são padroeiros de certos aspectos da natureza ou de situações da vida. Há o que curam doenças da garganta, e a que protege os olhos, o que traz a chuva e muitos outros. Os ídolos tem poderes sobre a natureza: Iansã, deusa africana, sobre as tempestades, Iemanjá sobre  o mar, assim como os deuses hindus.
A principal diferença entre um  ídolo e um  é  quase desconhecida. Pelo menos para o povão que gosta de promessas e romarias. Santo para eles é aquele que tem uma imagem que está na igreja e que faz milagres. Até sabem que viveram na terra que creram em Deus. Que foram bons. Mas não os reconhecem como católicos tal e qual eles são  ou deveriam ser. Não os reconhecem com  Santa Joana d´Arc reconhecia as suas santas. Como seus irmãos que já estão no paraíso.
Em sua simplicidade Santa joana d´Arc venerava suas vozes. Identifica com  sendo as vozes das mártires Santa Catariana de Alexandria e Santa Margarida de Antioquia. Mas compreendia que estas eram apenas instrumentos do único Deus. Mensageiras do Rei do céu. Se ofertava flores e velas diante de suas imagens fazia isto em honra daquelas que estaa representavam. Daquelas que estavam no céu como ela disse durante o julgamento de condenação. Aliás, um dos objetivos de sua condenação foi a acusação de idolatria, pois reverenciava sua vozes como se fossem de santas católicas. E os juízes não acreditavam e exigiam que ela se submetesse à decisão deles, que definiriam se estas vozes era de santas ou não. Ela nunca aceitou estai interferência em sua revelações particulares, até porque estas não traziam nenhuma mensagem religiosa. Eram ordens civis, seculares e  militares e não era conveniente à Igreja definir se as santas estavam do lado dos ingleses ou dos franceses. Joana iluminada por Deus salvou a Igreja de partidarismo politico. Mas pagou por isto com preço da própria vida.
Para Santa Joana d´Arc, as santas recebiam ordens de Deus e transmitiam para ela; amavam o que Deus amava e odiavam o que Deus odiava. Eram suas irmãs do paraíso e ela desejava muito, que as mesmas a tivesse levado com ela para o céu. Para  junto de Deus  que a havia enviado como ela mesma disse.
A devoção de Joana a suas santas era Teocêntrica. Deus era o centro, porque as vozes vinham por ordem de Deus e apenas transmitiam as ordens de Deus. Para Joana d´Arc tudo pertencia a Deus. As vozes pertenciam a Deus. O Rei pertencia a Deus. A Igreja pertencia a Deus. A França pertencia a Deus e ela mesma pertencia toda Deus de corpo e alma. Eis a razão de sua santidade. Temos em sua devoção as santas um grande exemplo de que o culto aos santos, feito com a plena consciência de que estes são nossos irmãos na fé, e que estão no paraíso antes de nós; paraíso onde todos esperamos estar um dia, não nos conduz à idolatria. A idolatria consiste em desvincular qualquer criatura do criador. Faze-la independente de Deus. Colocar no lugar de Deus o que Deus criou. Os ídolos não são servos de Deus. Não creram em Cristo, Não foram católicos. Embora tenhm imagens, sejam invocados, não respondem porque nunca existiram. Os santos viveram nesta terra. Creram em Cristo. e estão vivos diante de Deus. Por Cristo e em Cristo intercedem por nós, e o mais importante nos ensinam por suas vidas o que  fazer para também nos tornamos santos. Porque  é esta vontade de Deus: A nossa santificação.

"Sede santos, porque eu o Senhor vosso Deus, sou Santo." Lev. 11,15

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