domingo, 4 de dezembro de 2011

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL AFRICAE MUNUS

Iniciarei hoje a publicação de alguns trechos da Exortação Apostólica do papa Bento XVI à Igreja na África, publicada em 19 de novembro de 2011, mas que servem como orientação para toda a Igreja


PRINCIPAIS CAMPOS DO APOSTOLADO [132]

132. O Senhor confiou-nos uma missão particular, não nos deixando desprovidos de meios para a cumprir. Não só enriqueceu cada um de nós com dons pessoais para a edificação do seu Corpo que é a Igreja, mas entregou também a toda a comunidade eclesial dons particulares para lhe permitir continuar a sua missão. O dom por excelência é o Espírito Santo. É graças a Ele que formamos um só corpo e, « só na força do Espírito Santo, podemos encontrar aquilo que é recto e depois pô-lo em prática ».[182] Embora necessários para nos permitir agir, os meios permanecem insuficientes, se, através das « nossas capacidades de pensar, falar, sentir, agir »,[183] não for o próprio Deus que nos predispõe a colaborar na sua obra de reconciliação. É graças ao Espírito Santo que nos tornamos verdadeiramente « o sal da terra » e « a luz do mundo » (Mt 5, 13.14).
I. A Igreja como presença de Cristo
133. A Igreja, « em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano ».[184] Enquanto comunidade de discípulos de Cristo, podemos tornar visível e comunicar o amor de Deus. O amor « é a luz – fundamentalmente, a única – que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir ».[185] Esta realidade transparece na Igreja universal, diocesana, paroquial, nas « pequenas comunidades cristãs » (S.C.C./C.E.V.),[186] nos movimentos e associações, e enfim na família cristã, « chamada a ser “uma Igreja doméstica”, lugar de fé, de oração e de amorosa solicitude pelo bem verdadeiro e duradouro de cada um dos seus membros »,[187] uma comunidade onde se vive o gesto da paz.[188] As « pequenas comunidades cristãs », os movimentos e as associações podem ser, no seio das paróquias, lugares propícios para acolher e viver o dom da reconciliação oferecida por Cristo, nossa paz. Cada membro da comunidade deve tornar-se o guardião do outro: é um dos significados do gesto da paz na celebração da Eucaristia.[189]

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