As obras não são
necessariamente conseqüência da fé. São Tiago entende a fé como conhecimento e
aceitação da verdade. Neste sentido os demônios crêem, mas não amam e não obedecem.
Tg 2,19. Porque os demônios sabem que há
um Deus. Age da mesma foram os que dizem crer, mas não amam e nem obedecem a
Deus. Não se deve confundir a fé com a Esperança e nem muito menos com a
confiança. Estas virtudes devem estar unidas a fé. São elas que manifestam uma
fé pura e autentica. Mas o inicio da fé é a aceitação da revelação de uma
verdade. É reconhecer que Jesus é o Filho de Deus, é Nosso Senhor e por isso
obedecê-lo. Sem obediência a fé é morta em si mesma. Tg 2,17. Não no sentido de
que ela não exista como afirmam os protestantes, mas no sentido de que ela não produz
bons frutos porque não compromete a nossa vontade com a vontade de Deus. Não conforma
nossa vontade a vontade de Deus. Por isto Jesus na parábola dos dois filhos
mostra que é mais que mais importante as ações do que as boas palavras.
Lucas 7,46. O filho que se recusou a ir trabalhar,
mas se arrependeu foi o que fez a vontade do Pai. Mateus 21, 29-31. A obediência
não se manifesta por palavras mas por atos e a fé sem obediência não salva. Muitos
creram em se Jesus, mas não seguiram por medo. João 2, 23; 12, 42. (Isto é, eles
reconheceram que ele era o verdadeiro messias, Deus enviara. Mas não manifestaram
a sua fé.) A fé exige o compromisso da obediência e se gerasse por si mesma as
boas não precisaríamos do esforço, claro,
com ajuda da Graça de Deus, para perseverar até o fim. As boas obras são
exigências da fé. E não frutos inerentes à fé. Quem crer deve agir conforme crê, mesmo que
isto vá de encontro a sua vontade e expectativas. Afirmar que a fé naturalmente
produz boas obras é voltar à doutrina protestante de que tudo é só fé e nada competi
ao crente fazer, anulando o que Jesus afirmou: “Esforçai-vos para entrar pela porta estreita...” Lucas 13, 24. Deste
modo anula-se a Ascese que é o progredir no bem e rejeitar o mal e isto durante
todo o tempo em que estivermos neste corpo mortal.
sábado, 26 de novembro de 2011
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