segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O CULTO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS.



É doutrina Católica, que a revelações particulares nada acrescentam ao depósito da fé, (1Tm 6,20) ao fundamental e ao que todo católico é obrigado a crer; mesmos as revelações e manifestações de Jesus revelando o culto ao seu Sagrado Coração a Santa Maria Margarida Alocoque, cuja memória é celebrado a  16 de outubro. Porém, se nada acrescentam, podem enriquece-lo. Por isto a Igreja muitas vezes as aprova e as recomenda aos fiéis. Dentre as devoções surgidas como revelações particulares, nenhuma foi mais popular do que a do Coração de Jesus. Sob esta forma, mostrando aos homens um coração em chamas e coroado de espinhos, Jesus é representado na maioria das imagens em nossas igrejas. Institutos religiosos de ambos os sexo se consagraram a esta devoção. De certa forma, o culto ao coração de Jesus evidencia e coloca em destaque a santa humanidade de Cristo, como que ofuscada entre os católicos por sua divindade; O Jesus homem, que por sua natureza humana, é inferior até mesmo ao Verbo eterno antes de encarnar-se, ao Pai  e ao Espírito Santo. Jesus o Cristo deve sempre ser visto à luz do mistério da encarnação. O Verbo se fez carne. O Logos, que estava como Deus e era Deus, esteve com os homens e fez-se verdadeiro homem. É assim que São Paulo ver a Cristo. Sempre como homem ou como o Filho de Deus feito à nossa imagem e semelhança (Cf. Fl 2,5;Cl 1,15) Comtempla sempre o Cristo histórico e por isto o ostra subordinado ao Pai (Cf 1Cor 3,23;11,3).


O culto ao coração de Jesus é a simbologia de seu amor e obediência ao Pai Eterno. O distingue enquanto pessoa do Pai e nos mostra que Jesus nos amou como homem. Além de pensar como homem, compreender como homem. No homem Jesus, e não na Segunda Pessoa da Trindade, antes de assumir a nossa natureza humana, é que temos o único mediador entre Deus e nós."Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o HOMEM  Cristo Jesus. (1Tm 2,5) É no homem Jesus que tivemos o nosso Redentor, pois Deus é impassível à morte. 

Jesus é chamado nos Atos dos apóstolos de SERVO DE JAVÉ. Ou seja, servo de Deus. (At 3, 13; 4,27) Jesus ora ao Pai. Pede ao Pai por ele e pelos apóstolos. João 17, 1-26 Por causa destas passagens e outras do Novo Testamento, em que aparece distinto e atuante o homem Jesus de Nazaré,  muitos heresias surgiram negando a Divindade dele. E a Igreja para defende-la e anuncia-la, reforçou-a bastante, chegando ao ponto de Jesus, para muitos, nem mais se distinguir do Pai Eterno e confundir-se com a próprio divindade. É comum o povo referir-se a Jesus como Deus, desligando-o do Pai e do Espírito Santo.  Desta forma a humanidade de Cristo ficou escondida e muito do que é próprio dela e exclusivamente dela, do homem Jesus de Nazaré, foi atribuído a Santíssima Virgem Maria. Só ela intercede por nós sem cessar junto ao Pai, pensam proclamam muitos; Só ela é a medianeira de todas as graças. E Cristo, o Filho, como homem, some no culto e na devoção popular. Nem mesmo o culto ao divino Pai Eterno tão popular no centro-oeste do Brasil, e divulgado pela mídia,  restabelece este vínculo do homem Jesus com Deus Pai, porque neste culto isola-se a pessoa do Pai da Pessoa do Filho. 

Creio que o culto mais adequado a tornar evidente a santa humanidade de Cristo, nosso verdadeiro irmão, é o do Sagrado Coração. Por que podemos através da simbologia do coração falar do amor de Cristo ao Pai e do amor de Cristo por nós. Foi por amar a Deus acima de tudo, até da própria vida que Cristo veio para fazer a vontade do Pai; Hb 10,5-7. Foi por amor a suas criaturas que Deus enviou o seu Filho a Terra e foi por amor aos homens que o Filho aniquilou-se e tomou a condição de Servo, fazendo-se obediente até a morte e morte de  cruz. (Fl 2, 7-8) Antes, arianos e hoje  Testemunhas de Jeová, espíritas e outras seitas, negam a Divindade de Cristo. Mas os Católicos e a maioria dos protestantes ignoram a sua humanidade. Muito mais os católicos. Infelizmente a devoção ao Sagrado Coração hoje, não é incentivada mais pelos padres. Praticamente não existe  o Apostolado da Oração. Além disso, em muitos aspectos esta devoção reforçou apenas praticas externas e quantitativas, como as primeiras sexta feiras de cada mês. No entanto, precisamos redescobrir através dela,  o homem que pensou como homem e agiu como homem, porque tinha sentimentos e emoções iguais as nossas. Em síntese, porque tal e qual um de nós, tinha um CORAÇÃO que pulsava de Amor por Deus e pela humanidade e que ainda ama a toda humanidade. Que  assumiu nossa humanidade para nos amar como nós podemos e sabemos amar, e continua nos amando apesar de todas as nossas ingratidões, como ele revelou a Santa Margarida Maria. Que pela devoção ao coração de Jesus redescubramos o homem Jesus de Nazaré, confessando-o como Deus, mas Deus feito carne, Deus humanado, Deus nosso irmão.

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